Gateiros

terça-feira, 13 de abril de 2010

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O Cardeal Richelieu e seus 14 bixanos


O infame Cardeal Richelieu (1585 - 1642) imortalizado por Alexandre Dumas, em Os Três Mosqueteiros, foi um amante dos gatos, em uma época (séc. XVI e início do XVII) onde acreditava-se que os gatos eram a representação do demônio. Richelieu, apesar de ter sido um feroz perseguidor de bruxas, mandava secretamente seus criados recolherem gatos na rua e os mantinha em um gatil construído especialmente para eles em Versailles.

Em sua residência viviam 14 animais, em um quarto ao lado do seu, e comiam uma dieta especial: somente o mais caro foie gras, servido duas vezes ao dia por dois criados, cujas funções eram somente a de servir e cuidar dos animais.
Há diversos registros a respeito dos 14 gatos de Richelieu e sabe-se muito a respeito deles, incluindo seus nomes, descrições físicas e temperamento:

- O primeiro de todos era Soumise, o favorito de Richelieu um o gato alaranjado;


- Mounard le Fougueux, um gato briguento e caprichoso;


- Gazette;


- Ludovic le Cruel, um excelente caçador de ratos;


- Mimi-Paillon, uma angorá (uma dos primeiros exemplares da raça, dada de presente a Richelieu por Fabri de Peiresc, um acadêmico francês que foi quem importou os primeiros exemplares da raça para a França e que vendia seus filhotes por preços astronômicos);


- Felimare, que parecia um tigre;


- Ludoviska, uma gata polonesa;


- Rubis sur L'Ongle, uma gata com maneiras muito delicadas que bebia seu leite até a última gota;


- Serpolet, que adorava tomar banhos de sol;


- Pyrame e Thisbe, que receberam este nome em homenagem casal de enamorados da obra de Ovídio, porque dormiam enroscados um no outro;


- Racan e Perruque ("Perruque" quer dizer "peruca", em francês). Estes dois últimos dormiam dentro da peruca de um acadêmico chamado Racan, que colocou a peruca sem perceber que os filhotes estavam lá dentro e foi visitar Richelieu. Passado um certo tempo, começou a sentir arranhões na cabeça e, ao erguer a peruca, os dois filhores caíram aos pés de Richelieu. Este, encantado com a surpresa, não permitiu que o visitante os levasse embora.


- E, finalmente, Lucifer, um persa negro como carvão.


Antes de morrer, Richelieu deixou em seu testamento uma grande soma em dinheiro para seus gatos e seus dois tratadores. Infelizmente, logo após sua morte, todos os gatos foram massacrados pela Guarda Suiça, em vingança pelos maus-tratos e perseguições de Richelieu.


Fonte: Diário de Lisboa

2 comentários:

Anônimo disse...

Carol, que lindo seu blog! Adorei os posts, tantas informações interessantes... e que lindinhos seus bichinhos! Adoro gato malhado! hahah Acabie de criar um blog também, espero que dê certo, pretendo falar de gatos e cachorros e todo tipo de bixo, amo todos!
E ah, um dia quando eu tiver uma casa, tereia 14 gatos também... gente, que história!
Um beijo!

Fabiana disse...

Carol, lindo post!!!! Parabéns!!

Fiz um post q eu acho q vc vai gostar!

Sobre Deusa Egípcia dos Gatos - Bastet

Bjaummm

Fabi

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